As crianças praticam desporto pelo prazer e pela satisfação que lhes proporciona e o ganhar é apenas uma parte da sua motivação.
Nunca ralhem com os jovens por cometerem erros ou por perderem uma competição.
"Treino de Jovens"
As crianças praticam desporto pelo prazer e pela satisfação que lhes proporciona e o ganhar é apenas uma parte da sua motivação.
Nunca ralhem com os jovens por cometerem erros ou por perderem uma competição.
"Treino de Jovens"
Oliveira Azemeis faz historia a marcar a sua cidade com realização pela primeira vez de uma prova de ciclocrosse tendo como anfitriação na recepção e organização a associação SportAZ - Desporto Cultura Lazer.
E lá fui eu dar ao pedal, num dia marcado com muita chuva e respectiva lama, ... É preciso gostar muito disto, ... Mas somos muitos...
Algumas fotografias disponibilizadas e partilhadas pela Ciclismo +TV.
Mont-Sainte-Anne (clicar para ver local) no Canadá será o palco para esta competição entre 28 de agosto a 1 de setembro de 2019 e a UCI para celebrar o trigésimo ano deste grande evento anual, fez uma retrospectiva publicando um artigo a lembrar alguns protagonistas e histórias de destaque de três décadas desde 1990. Além do artigo escrito realizou também um vídeo:
O XCO está ao rubro nas competições da Taça do Mundo e em particular nas mulheres. Sem a participação do Math van der Poel poderemos dizer que Nino Schurter será o vencedor virtual, já o mesmo não é possível prever qual será a vencedora nas senhoras.
Portugal terá representação com atletas inseridos na selecção nacional nomeadamente a sub-23 Raquel Queirós (Quinta das Arcas/Jetclass/Xarão), a júnior Ana Santos (AXPO/FirstBike Team/Vila do Conde) para as corridas de cross country olímpico (XCO), e o júnior Gonçalo Bandeira (Miranda Factory Team) para o Downhill (DHI). E ainda mais dois portugueses em representação das suas próprias equipas, Emanuel Pombo (Miranda Factory e-Team) e Francisco Pardal (BlackJack Factory Team). Ambos vão competir entre a elite de DHI e Emanuel Pombo vai ainda correr no Mundial de bicicletas elétricas. Ver notícia da UVP-FPC, aqui.
Para mais informação seguir os seguintes links para consultar:
A edição de 2019 do Campeonato Europeu de Cross-Country Olímpico terá lugar em Brno (República Checa) de 25 a 28 de julho.
Durante quatro dias, esta cidade da Morávia será a Capital Europeia do BTT recebendo 461 pilotos de 32 países que vão disputar os 9 títulos em oferta no, Team Relay, Eliminator, Cross-Country em Elites, sub 23 e Juniores, Masculinos e Femininos. Além destas corridas, o evento conta também com competição de Masters nos dias 25 e 26 de julho.
Portugal será uma das nações presentes com oito atletas competindo já nesta quinta-feira no Team Relay, Sábado competem Juniores e sub 23 Masculinos Femininos e no Domingo é a vez dos Elites Masculinos e Femininos. As provas dos Elites tem transmissão directa na Eurosport 1 (atenção que na Republica Checa a hora está adiantada uma hora em relação à nossa local).
Fonte de Informação: União Europeia de Ciclismo, UEC; http://uec.ch/en/
Os atletas portugueses convocados são: Elites David Rosa e Mário Costa, Sub 23 João Rocha, Rafael Rita, Marta Branco e Raquel Queirós, Juniores Ana Santos e Tiago Sousa. Fonte de Informação UVP-FPC ver mais AQUI.
Sobre o Campeonato Nacional de XCO que se realizou neste passado Domingo em Souto Santa Maria-Guimarães, podia falar com grande orgulho dos vencedores e dar os muitos parabéns para todos os atletas que ofereceram como sempre sem excepção, grande espectáculo desportivo e com grande desportivismo que é apanágio deste nosso BTT.
Mas vou deixar esse protagonismo para os atletas.
Neste comentário quero enaltecer o local escolhido para este campeonato. Eu sei que existem criticas de atletas sobre o percurso, há sempre e até parece que sempre é tudo mal... Mas caros amigos do btt, não vale apenas criticar os outros, quem organiza ou não organiza de todos os males de falta de divulgação de falta de publico...
O XCO não pode viver só pelo circuito, precisa de locais como este escolhido que tenha excelentes condições para instalar as equipas de fácil acesso ao público e local onde o mesmo possa fazer o que aconteceu nesta prova, um enorme e vasto local agradável ao lado da meta para trazer a família e fazer a festa. Circuito acessível para se ver e até fazer caminhadas pelo mesmo.
Só assim com ajuda de locais como este onde os atletas podem cativar as suas famílias a vir ver é que o BTT poderá começar a ter a divulgação que merece.
Eu este ano optei por não correr, contribuí com a minha presença e enchi o carro com mais três pessoas e ainda convenci com mais ou menos uma dezena de familiares que juntamente com outras tantas famílias se juntaram à EQUIPA do publico que necessita de ser reforçada, fiz pic-nic e trouxe um artefacto para fazer barulho... :)
Muitos parabéns à organização da Associação de Ciclismo do Minho. #acm
Foi depois de me dedicar ao ciclocrosse, que comecei a ouvir o nome estranho do que parecia ser mais uma nova moda de ciclismo o Gravel...!!!
A tradução de Gravel para português é mesmo cascalho, e juntando bike, bicicleta, fica Gravel Bike que simplificando a questão, nada mais do que é andar de bicicleta por terrenos mistos de terra e asfalto. Não me vou alongar mais pois já há muitos artigos na net. sobre Gravel Bike.
Entre amigos encontrou-se um evento de Gravel em Espanha e espontâneamente eu o João Santos e o Rui Oliveira organizamo-nos e fomos participar neste passado fim de semana (22/23 de Junho) no Guadarrama Gravel Challenge (GGC), um evento que nesta data faria a sua segunda edição.
Pelo que me deu a entender esta vertente de ciclismo tem como característica longos desafios e junta o melhor dois dois mundos, os Gran Fondos com maratonas de BTT e como vimos na prática acaba por ser um ciclismo ainda mais livre e menos agressivo para a natureza. Utiliza estradões de terra florestais, caminhos fechados ao transito, estradas de asfalto e com as bicicletas gravel dá gosto absorver os quilometros... Talvez por isso é que os eventos em termos de quilometragem passam sempre os três digitos. Neste GGC havia a versão de 158km com 3700m de desnível acumulado e que a organização aconselhava o levar luzes e a versão 3/4 de 110km e 2400 de desnível acumulado, optamos por este último.
O local para a partida e chegada deste desafio foi no Camping Capfun El Escorial em Guadarrama, uma localidade simpática e vocacionada para o turismo da região e que dá nome ao Parque Nacional de Guatarrama que é composto por uma cadeia montanhosa do Sistema Central situada entre as serras dos Gredos e de Ayllón. Mede aproximadamente 80 km de comprimento e o seu pico mais alto é Peñalara com 2 430 m de altitude. Um local que atrai neste tempo os apaixonados pela observação ornitológica, os caminheiros, ciclistas de BTT, ciclistas de estrada e no inverno com neve os desportistas do esqui.
A prática do Gravel é também sinónimo de autonomia, e assim abordamos o desafio seguindo um track de gps disponibilizado pela organização. As partidas foram livres entre as 8h30 e as 9h00 e lá fomos os três que aos 10km já estavamos a subir bem, mas entusiasmados e rendidos ao conceito deste ciclismo.
As paragens foram constantes, o objectivo era o de absorver ao máximo a experiência e apreciar a extrema beleza das paisagens e das serras. Locais com bosques de enormes pinheiros bravos e nórdicos davam provas de estarmos a passar por florestas muito antigas, que nos davam a frescura bem necessária para a temperatura alta do dia.
Passamos por caminhos em tunel por esta vegetação a dar a sensação do infinito, o clorido da vegetação, os animais soltos no seu pasto, os maciços monumentais de granito e enormes vales galaciares fizeram-nos sentir como já não sentiamos há muito tempo, felizes a pedalar na descoberta da natureza no seu quase estado selvagem. Mas descobrimos também monumentos e patrimonio da humanidade, caminhos de santiago, vestígios romanos como a La Calzada Romana de Cercedilla, e outro como a Cruz del Valle de los Caídos, el Real Sitio y Monasterio de El Escorial, El mirador de los poetas… Mas também os quatro pontos mais altos a variar entre os 1600m e 1900m de altitude do percurso, Abantos, Leones, La Fuenfría e Cotos.
Quanto às bicicletas... Digamos que as nossas não estavam propriamente preparadas para o Gravel, necessitavam de pneus mais resistentes e largos, a condução nas descidas era muito dura, tivemos dois furos por trilhar a câmara de ar, a única que não teve furos estava equipada com tubless.
Mas gostamos da simplicidade das bicicletas e para este tipo de percurso é a ideal, aborda a estrada que numa btt seria um aborrecimento e anda em estradões a grande velocidade onde uma btt seria muito dificil de acompanhar e uma estradista não conseguiria andar. Ficamos fãs e com vontade de continuar e acreditamos que esta vertente se vai desenvolver, não será uma moda e pensamos que as nossas serras tem condições para serem descobertas pelo Gravel. :)
O ciclocrosse reapareceu em Portugal quando a Ana Santos era infantil, para ela e para os amigos foi o máximo
descobrirem um ciclismo de rodas fininhas que andava na terra, onde por vezes se levava a bicicleta às costas e se patinava na lama e na areia. Na altura a vontade de passar a juvenil era grande quando a UVP-FPC permitiu a participação destes jovens nas provas oficiais, foram duas épocas felizes a correr lado a lado com os meninos.
Em cadete a Ana acabou por ganhar o conjunto de duas Taças de Portugal e duas vezes se consagrou vice campeã em lutas muito renhidas e disputadas até ao último metro da meta com a sua amiga adversária Daniela Campos.
Teve também nos anos de cadete uma experiência muito positiva em três provas no campeonato da Galiza. Na primeira ficou entusiasmada com o ambiente dos espanhois e com a quantidade de meninas cadetes a participar, tendo ficado em segundo lugar e em primeiro lugar na segunda e terceira prova.
Mas foi em Portugal como cadete que diz ter feito a melhor prova de ciclocrosse e de que mais gostou até agora. O ciclocrosse internacional realizado a 21 de Janeiro em Ermesinde foi realmente palco de um saudável e espectacular duelo Ibérico entre a Ana Santos e a Maria Parajon campeã nacional de Espanha de ciclocrosse. A prova das duas cadetes galvanizou as atenções do publico presente, com um final de escassos segundos de vantagem para a campeã de Espanha e num abraço logo a seguir à meta entre as duas atletas como grande reconhecimento desportivo de ambas.
A procura e a existência de mercado em Portugal de bicicletas de ciclocrosse foi sempre muito fraco, muito por motivo do ciclocrosse ter sido esquecido em Portugal. Mas a verdade é que todas as grande marcas tem no seu catálogo bicicletas de ciclocrosse.
Neste fraco mercado nacional a bicicleta de ciclocrosse da Ana foi a possível que ela pode ter. Uma montagem caseira de um quadro de BTT, com forqueta rígida de alumínio e uma mistura de equipamento de estrada com o de BTT, tendo posteriormente uma excelente melhoria com as rodas NewRace da Raiz Aventura.
Sabiam que a Focus-Bikes por um exemplo é uma marca que se destaca na europa pela qualidade das suas máquinas de ciclocrosse? Em Portugal a Focus-Bikes tem aos poucos conquistado também alguns adeptos por estas versáteis bicicletas, que podem fazer competições de ciclocrosse, grand-found´s, cicloturismo, gravel, de fácil manutenção e muito fiáveis.
E com isto ficaram curiosos por conhecer estas bicicletas e o ciclocrosse? Estejam atentos por conseguinte ao calendário das provas de ciclocrosse e em particular às corridas da Ana Santos. Felizmente a evolução se vai fazendo e de uma montagem caseira, com uma grande ajuda da sua equipa União Ciclista de Vila do Conde, o "salto" vai agora para uma bicicleta de série da marca Focus. Será uma da família da Focus Mares CX que vai conhecer a agressividade das curvas que a Ana Santos faz na condução do ciclocrosse. Será que vai estar ao nível da atleta? Acreditamos que sim, ela já experimentou e só lhe saiu comentários do tipo: Uau... Ui... nem sinto o paralelo!!! isto não tem nada a ver... passei por areia? Qual areia?...
Não é a minha maneira de ser, mas hoje vou dar uma opinião incisiva sobre as notícias de doping no Ciclismo.
O ciclismo, como podem consultar no link AQUI da ADoP, embora seja um grupo de risco extremo não é propriamente o primeiro ou a principal modalidade que tem os maiores números de controlo de dopagem e nisto a ADoP segue por exemplo um critério entre vários, como por exemplo o historial de violação às normas antidopagem.
Cingindo-me em particular ao BTT, então acredito que esta vertente do ciclismo baixava bastantes níveis nessa lista de controle.
Mas as notícias negativas de doping sobre ciclismo saem em catapulta principalmente em jornais de futebol, porque será? Quando o próprio futebol está bem posicionado nessa lista negativa. ;)
Mas entre os nossos pares as discussões são inflamadas e de ódio mesmo... Começo a ter a impressão que existem muitos mais frustados nos nossos pares ditos limpos do que propriamente os que optam infelizmente por se doparem, pois não é difícil de encontrar as justificações do tipo de não conseguirem ganhar nada ou terem bons resultados porque andam a feijões...
Chamo a isto de alimentar estas discussões o de dar um tiro no pé. Pois inflama e aumenta a fama na opinião publica de que os gajos do ciclismo são todos uns dopados até mesmo aqueles que andam a feijões...
Esses que andam a feijões vão agora pedir um apoiozinho ali ao café da terra. Podem ter sorte ou então levar logo com a resposta... : " eu não dou nada a drogados..." :/
Conselho: Querem competição andar mais, treinem, querem apenas divertirem-se ou adquirir saúde, façam-no sejam felizes. Promovam o BTT, irradiem opiniões favoráveis sobre o nosso desporto, apoiem os nossos atletas que bem representem a modalidade da nossa paixão, vibrem com as suas conquistas.
Se por ventura algum dos nossos ídolos cair na desgraça do doping, tenham uma atitude assertiva a favor do nosso desporto em geral. Não vamos crucificar toda uma modalidade quando está cheia de talentos e que acabam por não terem a sua oportunidade e os apoios devidos por se ter criado esta fama injusta. Deixem a justiça fazer a sua função que nestes casos funciona implacavelmente e é dura.
"No desporto não há diferenças de género entre meninas e meninos até aos doze anos.", disse uma vez uma professora de educação física que admiro num dos treinos de desporto escolar.
Na minha prática como treinador só posso confirmar isso mesmo e concordar. No ciclismo há as classes de escolas de ciclismo com as meninas a competir desportivamente em igualdade de circunstâncias com os meninos desde os seis anos, idade mínima admitida no ciclismo, até aos catorze anos.
Embora no final tenham pódios separados em termos de pontuação para a geral da equipa os seus pontos conquistados são considerados, o que as leva a fazerem interessantes e motivantes lutas desportivas para ganharem a geral da prova, acontecendo isso mesmo com algumas meninas a ganharam a todos os meninos.
Em juvenis com treze, catorze anos já passam a ser raparigas que em termos de maturidade estão mais avançadas que os rapazes contudo em constituição física a diferença para os rapazes é já muito evidente com estes últimos a ganharem substancialmente mais massa muscular. Apesar de tudo elas continuam aguerridas se assim forem motivadas e não socialmente e erradamente na minha opinião "protegidas" por serem meninas ou "senhorinhas", com conselhos de adultos para não se esforçarem muito.
É importante para o desporto feminino futuro as meninas, raparigas, e jovens competirem e treinarem com os rapazes que andem bem, que atinjam também os seus limites físicos, pois só assim vão evoluir e conseguir quiçá competir de igual para igual com futuras adversárias estrangeiras... Pois sabe-se que é isso que acontece nas nações europeias mais fortes no ciclismo...
E a provar esta minha prosa toda, está na primeira imagem abaixo a minha pequena Ana Santos assim com mais meninas (poucas) na linha da frente prontas para farem a sua última prova de juvenis de igual para igual com os rapazes em Proselo - Arcos de Valdevez, realizada hoje dia 9 de Outubro...
E já "bateu" saudades na Ana... Agora já na próxima prova se tudo correr bem no ciclocrosse subirá à categoria de Cadete. Nunca mais vai competir de igual com os ... "meninos"...
Ela sabe isso e sente já alguma nostalgia, foram muitos anos, pois entrou para este ciclismo com sete aninhos e desde essa altura foram muitas alegrias, tristezas, derrotas, vitórias individuais, algumas gerais e pelo meio em infantil com um acidente grave que a atirou para o hospital durante nove noites, mas agora com uma certeza ficou e fiquei também, foram os "meninos" que a ajudaram e muito a evoluir neste ciclismo.
Agora os amigos da sua idade, mais fortes, vão também entrar numa fase mais competitiva, uns mais preparados do que outros vão fazer provas com mais voltas sem meninas, talvez eles, também vão sentir saudades do tempo de juvenis com algumas meninas a lhes "morder" as rodas de trás... Mas é assim a vida, são os nossos jovens a crescer na corrida para a idade adulta.
Boa sorte e boas entradas para todos agora que mudam de categoria e acima de tudo o meu conselho é que continuem a fazer o vosso desporto sempre por paixão, nunca por obrigação, não se deixem pressionar por resultados, façam amigos nos adversários que afinal partilham o mesmo gosto pelo ciclismo, tentem sempre tirar algum divertimento e que o ciclismo seja também uma forma de ajuda e de escape para ultrapassar uma ou mais situações complicadas que possam acontecer na vida, só assim faz sentido continuar no ciclismo.
Os pódios são apenas uma consagração de uma competição e uma forma simplificada de enaltecer e respeitar a grandeza de uma modalidade e categoria.
Neste sentido há que dedicar o pódio a todos participantes, que também de certeza se esforçaram ao máximo contribuindo assim ainda mais para valorizar o pódio e o espectáculo do desporto em causa.
Uma boa cultura desportiva é neste contexto os melhores e os seus representantes, seus simpatizantes e público em geral agradecerem a participação de todos até ao último atleta por dignificarem o desporto com a sua presença.
Por uma boa cultura desportiva vamos aplaudir o esforço de todos até ao último atleta. Parabéns a todos os atletas que entram na competição.
Vila do Conde Peneda-Gerês Extreme (VCPGE) é um evento de ciclismo de todo o terreno realizado em Agosto, disputado por duplas de equipas masculinas, femininas, mistas e que ocupa três dias de competição. Na sexta-feira realiza-se um prólogo em contra relógio ao fim do dia por um circuito fechado e devidamente sinalizado a rondar os 4km e nos dois dias seguintes, sábado e Domingo duas etapas em linha com ida até localidades situadas na zona Parque Peneda-Gerês e regresso a Vila do Conde. As dificuldades são as distâncias de cada uma das etapas acima dos 100 km e as altimetrias acumuladas, daí o justo nome final de "Extreme".
Este ano o evento foi realizado nos passados dias 7,8 e 9 de Agosto e é a sua segunda edição. Para mim desde a primeira edição nem sequer coloquei o participar como atleta, da experiência e conhecimento que tenho vi logo que para a preparação que tenho, seria um grande sacrifício com o risco até de não completar o desafio.
Contudo a paixão que tenho pelo ciclismo do todo o terreno faz com que esteja envolvido no meio e o fazer parte da organização é para mim também motivante. Tenho consciência que este gosto se alarga a mais amigos. O conhecimento do ciclismo e da sua prática move-nos na organização de eventos com o gosto de partilhar com outros aquilo de que gostariamos de fazer como participantes.
Neste contexto depois da primeira edição, quando me perguntaram:
- Então, vais participar no VCPGE 2015?
- Vou sim... Mas não como atleta...
Foi assim que me juntei a uma enorme equipa de Staff onde não existem chefes porque todos sabem o que tem a fazer, onde não existem ordens mas sim orientações e planeamento de missões sempre num ambiente de felicidade, camaradagem, entreajuda e com um grande poder de ultrapassar todas as dificuldades e contratempos que apareciam. O Staff vivia intensamente o objectivo de construir no terreno o projecto desportivo de forma apaixonante pensado há muito tempo e com muito trabalho nos meses anteriores.
A minha participação neste VCPGE começou logo na quinta-feira e foi um nunca mais parar, e se os atletas tinham o seu tempo de descanso e recuperação as diversas equipas de Satff só acabavam no avançar da noite para recomeçar logo cedo no dia seguinte. Dias vividos intensamente na montagem e desmontagem dos meios logisticos e apoios aos atletas, no controlo dos mesmos e pelo meio ainda na missão como "Bicicleta Vassoura" na última parte da Etapa 1 desde Braga até Arcos de Valdevez, onde confirmei a realidade da dificuldade física deste evento mas também de paisagens e caminhos históricos de beleza extrema...
Perguntam-me no fim a opinião e eu continuo a dizer que para o evento ter a marca de Extreme, tem de continuar assim com a dificuldade apresentada, para mim para já participar como atleta continua a não me cativar... Mas fazer parte das equipas do Satff, sim estou pronto, para a próxima edição 2016 contem comigo e se possível tudo farei para estar ainda mais envolvido.